A limpeza da lagoa e da praia, a reserva da Fonte dos Padres, a coleta seletiva de lixo e a conservação da fauna e da flora, além da fiscalização e do cuidado com as áreas de preservação permanente. Estas são algumas das questões importantes relacionadas ao meio ambiente no Condomínio Busca Vida (CBV) que serão discutidas na reunião aberta agendada para o dia 8 de dezembro (sábado), às 9 horas, no Plaza Bahia Hotel. O objetivo do encontro é formar uma Comissão de Meio Ambiente composta por moradores do condomínio para acompanhar o encaminhamento dessas e de outras questões no CBV.
“O mais essencial para nós, em Busca Vida, é a natureza. Por isso, essa é uma questão fundamental. Há poucas pessoas com olhar ambiental, com conhecimento suficiente e aproximação maior para essa questão. A lagoa, a praia, a natureza e o sistema ecológico são o grande diferencial de morar em Busca Vida. E a gente precisa cuidar bem disso”, afirma Petra Schaeber, moradora que integra o Conselho de Administração do CBV.
Alguns moradores já vêm desenvolvendo ações para contribuir com a preservação ambiental em Busca Vida. É o caso de Hamilton Martins, que ao lado de um grupo de surfistas que também vivem no Condomínio, criou há três anos a Associação de Surf de Busca Vida. Em outubro, eles mobilizaram cerca de 30 pessoas para uma limpeza na praia, a segunda realizada pela Associação. “Nós retiramos de 3 a 4 m3 de lixo; encontramos até mesmo uma televisão. Como estava chovendo, não tinha tanta gente no início, mas aos poucos as pessoas foram chegando e o resultado foi muito positivo”, avalia Martins, que vive há 18 anos em Busca Vida.
Na opinião de Martins, as ações de conscientização e de educação junto aos moradores são fundamentais. “A coisa mais importante que temos em nosso condomínio é essa natureza maravilhosa”, afirma. Ele destaca a importância incluir na pauta da Comissão de Meio Ambiente ações de limpeza da praia e do mangue, além da coleta seletiva de lixo. “Conheço vários condomínios que têm uma coleta ambiental muito legal. Precisamos enumerar essas questões ambientais mais importantes e ir fazendo uma de cada vez, sempre com esse viés educativo, que é muito importante”.
Nesse sentido, o biólogo Ricardo Hortélio propõe a criação de um espaço destinado para separação do lixo por categoria, com consequente implantação de sistema de coleta seletiva; sistemas de captação e reuso de água de chuva, sensores de presença em todas as áreas comuns e placas coletoras de energia solar para as áreas comuns. Ele considera muito importante a criação de uma Comissão para tratar das questões ambientais no CBV. “Atualmente, a preocupação com a conservação do meio ambiente também deve fazer parte da rotina dos condomínios”, afirma Hortélio, que é diretor da Papyrus Consultoria Ambiental.
O biólogo sugere algumas iniciativas ambientais que podem ser analisadas pela administração do CBV, como o uso do Viveiro de Mudas para apoiar Projetos de Recuperação, ações para sensibilização dos frequentadores da praia quanto ao descarte dos resíduos, ações para fiscalizar e preservar as áreas de preservação permanente (APPs), fiscalização das outorgas de captação de água na lagoa e ações para minimização da eutrofização da lagoa.
Viveiro de Mudas
O projeto do viveiro de mudas deve produzir mudas de espécies nativas do bioma Mata Atlântica. As atividades compreendem a seleção de plantas mãe, que fornecerão sementes, bem como a coleta e o tratamento dessas sementes, procedimento de semeadura, desenvolvimento das mudas no viveiro e identificação de áreas para reflorestamento. A ideia é difundir, entre os colaboradores do CBV, os conhecimentos sobre práticas de produção de mudas e de plantio, para que sejam utilizados na recuperação e na restauração de áreas fragmentadas e degradadas.
“O projeto do viveiro de mudas é umas das muitas ações que visam à sustentabilidade ambiental do Condomínio Busca Vida, pelo comprometimento deste com o meio ambiente, corroborando com a conservação das áreas verdes do condomínio e a variedade de espécies vegetais de Mata Atlântica”, explica Ricardo Hortélio. “Pretende, ainda, sensibilizar os moradores para as questões ambientais, envolvendo a comunidade do condomínio através de informações e divulgação das atividades”, acrescenta o biólogo.
(Busca Vida, 15/11/2018)